Textos de Alberto Moreira Ferreira
Movimento no quintal
Diriam que é tudo vida
Galos velhos como cães 
Infligindo dor por ração 
Invisível à luz má do dia
Via nuvens moverem-se
Consoante o tempo, e as bichas
Os cães sempre pela trela
Agarrada às partículas 
De pose e no momento oportuno 
A ração como garantia
E sempre um silêncio conivente 
Tudo tão azul e cinzento 
Também ardo do apodrecimento 
Pestes, excremento, febre pés de
Mortos, a minha janela a cismar
Parece púrpura, o vermelho sofre
E é sempre tudo tão azul sempre 
Tudo tão cinzento 
Há uma outra aldeia para lá da casa da fonte pequena