Textos de Alberto Moreira Ferreira
Não são sombras mas cemitérios 
Escondidos dando largas aos seus
Mecanismos do inconsciente 
Como chamas que acabam em ti

Não é sombra o perfil anónimo de jazz
Será o morto encoberto sem confiança 
Antiga videira seca num excesso de azul
É tudo veneno de siluro sem paixão 

Não há sombras sem cara porque
Todas as árvores têm um rosto 
E tu sombra - eu não te sabia curva
Sem morreres de amor