Textos de Alberto Moreira Ferreira
Caías sempre no mesmo buraco
No mesmo lugar
E aquele lugar repetia-se em todos os lugares
Era sempre o mesmo buraco no mesmo lugar
Fosse em que lugar fosse
Sempre o mesmo buraco no mesmo lugar
Pronto a esmurrar-te os joelhos como 
A cruz creio sedento de te comer o corpo todo
E num 
Estado de alerta permanente esvaías-te e gelavas 
Durante a fuga acabavas sempre no mesmo lugar
Aterrorizado entre dentes de ratos mortos
Cobre-me o prado e penso ainda que o engano sou
Eu, já não quero apagar a tela
Mas continuo a matar o astro
Que me embala adormece e acorda
Comigo a sonhar um doce, alto, de ovos
A doçura do amanhecer e... E;
Que importa o i se ratos aperram armas rangendo
E tu, não baixas a guarda e a vida 
Vai ficando para 
Depois naquele lugar