Textos de Alberto Moreira Ferreira
Sou um automóvel com o nariz socado
E desde o embate, tudo cheira a morte
Como se o coração vivo tivesse morrido
E bate para amar bate por se perder 
A flor do sol tem na sua própria dor
A distância dos amores que morrem
Minha alma esgota-se a cada dia mais
Na gordura da solidão. Era preciso um
Sonho para não morrer. Ela é um sonho 
Mas a doença é de doidos e eu tenho
O coração gelado, o nariz
Socado e não tarda
A noite é o meu destino